[Pará] Estudantes paraenses realizam jornada de encontros de preparação para o 40º Enepe!

No dia 5 de outubro, estudantes de Marabá e Belém organizaram o I seminário preparatório para o 40º ENEPe- Curitiba cujo tema foi “Em defesa da autonomia e democracia universitária – o ERE em foco”.

O evento que contou com a presença de quase 50 estudantes de várias cidades do Pará como Bom Jesus do Tocantins, São Domingos do Araguaia, Xinguara, Pau D’arco, Moju, Goianésia do Pará, Breu Branco, Itupiranga, Redenção, Marituba além de Marabá e Belém. De modo virtual, debateu o desmonte do ensino público no Brasil e entrou, nas especificidades da região.

A primeira fala, contou com a contribuição de uma professora pesquisadora sobre as políticas imperialistas para a educação no Brasil demonstrando como a política da Educação à Distância é parte de um processo para desmontar o ensino público e gratuito e entregar nas mãos dos oligopólios privados da educação.

A segunda, através de uma professora da rede municipal de Marabá e mestra pela UNIFESSPA denunciou a situação da Educação Básica da região assim como abordou sobre os ataques a autonomia universitária com as intervenções ocorridas nas Universidades Públicas do estado.

No caso, da UNIFESSPA, foi nomeado o terceiro colocado da lista tríplice. E na UFPA, o MEC inicialmente queria deslegitimar o pleito. Só depois de mobilização da comunidade acadêmica, diga-se de passagem, com manifestações presenciais, que pressionou o STF a julgar favorável a nomeação do primeiro colocado.

Conforme apontado pela palestrante, o argumento jurídico que diz respeita a consulta sobre os dirigentes nas IES e do órgãos de deliberação , o sistema 70 -15-15 que prevê o peso de 70 por cento para docentes nas decisões assim como a existência da Lista Tríplice só mostra o quanto a estrutura universitária é atrasada. Portanto, não podemos ficar refém dela e sim, impulsionar nossa luta pela sua verdadeira democratização.

E, como aponta a ExNEPE em seu  Boletim 007 – Julho/2019 – Balanço do Vitorioso 39º ENEPe  essa luta pela democratização da Universidade não está dissociada da luta pela democracia em nosso país. Por fim, o evento debateu sobre as condições do 40º ENEPe – Curitiba e de preparação para os encontros presenciais.

Encontro Marabaense de Preparação para o 40º Enepe

Os estudantes de Pedagogia de Marabá realizaram seu encontro no dia 23 de Outubro pela parte da tarde na Escola Liberdade e contou com a presença de 6 pessoas entre estudantes e professores.

A palestra inicial abordou a Situação Política da região Amazônica a luta pela terra no Estado.  Ao fim foi feita uma denuncia sobre a questão da luta pela terra em Rondônia e o apoio ao  Acampamento Tiago dos Santos.

A segunda, uma professora abordou a questão do ensino remoto no ensino básico. Como exemplos foi colocado a realidade de uma escola estadual onde os alunos que estão cursando o 3º ano do ensino médio precisam ir pegar as atividades com questões sobre o Enem na própria escola e precisam resolver sozinhos sem nenhum tipo de orientação ou auxilio do professor!

Como encaminhamento foi retirada duas delegadas para irem ao 40º Enepe.

Encontro Belenense de Preparação para o 40º Enepe

Já em Belém, o Encontro foi realizado no mesmo dia pela parte da manhã no Sindicato dos professores do IFPA – SINASEFE e contou com a presença de 10 pessoas entre estudantes, convidados e palestrantes.

A primeira palestra foi feita por uma companheira da Executiva Nacional de Estudantes de Pedagogia que colocou o histórico de lutas da Exnepe e do papel dos estudantes da Pedagogia como vanguarda das lutas do movimento estudantil, além de pontuar  sobre um crescimento a adesão a tática do boicote pelo país e sobre sua necessidade.

A segunda, contou com a presença de uma professora do IFMA que colocou um histórico sobre a EaD e mostrou dados de uma pesquisa feita pelo  grupo de pesquisa do qual faz parte, onde fizeram um levantamento profundo sobre a realidade dos alunos da instituição e as dificuldades de adesão ao Ensino Remoto dos estudantes.

As intervenções foram bastantes contundentes mostrando exemplos na prática sobre o fracasso do Ere na Educação Básica e nas Universidades. Além de colocar a necessidade de ligarem comitês sanitários a extensão das universidades como também sobre a importância dos estudantes de Pedagogia criarem essas iniciativas e usarem a Pedagogia a serviço do Povo!

Posteriormente foi passado um vídeo de denúncia sobre a situação da luta pela Terra em Rondônia e em Defesa do Acampamento Tiago dos Santos.

Ao fim foram tiradas as seguintes resoluções:

1) Lutar contra os ataques do governo em meio à pandemia, organizando e/ou participando de Comitês de Solidariedade nos bairros, prédios, favelas, locais de moradia em geral! Exigir condições de sobrevivência para toda a população!
2) Transformar os Comitês de Solidariedade em projetos de extensão universitária.
3) Lutar contra a implementação da EaD (Educação a Distância) e a privatização das instituições públicas de ensino impulsionando o boicote. Por um ensino público, gratuito, democrático e a serviço do povo! Pelo direito do povo ensinar, estudar e aprender!
4) Lutar contra a intervenção do MEC nas universidades! Defender a democracia e a autonomia universitária!
5) Contra o corte de bolsas de pesquisa e do orçamento do ensino superior! Por uma ciência a serviço do povo, contra o obscurantismo! Defender o direito do povo de acessar e produzir ciência!
6) Lutar pelo cancelamento do ano letivo nas escolas de ensino básico e adiamento do ENEM!
7) Monção de Apoio a luta camponesa e ao Acampamento Tiago dos Santos e a LCP!
8) Lutar por realizar encontros de formação dos estudantes de Pedagogia, Licenciaturas!

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