[RJ] Estudantes ocupam reitoria da UFF

Na noite do dia 18 de junho, estudantes da Universidade Federal Fluminense ocuparam o prédio da reitoria. A ocupação ocorreu depois que o reitor Antonio Claudio não compareceu a uma Audiência Pública com os estudantes para discutir as reivindicações da greve estudantil. Furiosos com a ausência do REItor fujão, durante a Audiência com o representante da equipe técnica da reitoria, os estudantes decidiram que só sairiam dali com a presença do Reitor. Com a resposta da administração de que o reitor não viria, os estudantes saíram em ato até o campus da Reitoria e lá, os estudantes independentes e dos pólos do interior da UFF decidiram por ocupar o prédio.



Os estudantes em greve há dois meses têm tentado dialogar com a reitoria, inclusive participando de duas mesas de negociação e uma audiência, contudo todas as vezes a reitoria tratou as demandas como algo impossível de ser realizado, lavando as mãos para os problemas de permanência que afetam os estudantes enquanto aprova obras de complexo esportivo de iniciativa público-privada junto à prefeituras e publicando notas oficiais criminalizando a greve estudantil. Ademais, em todos os atos na reitoria os estudantes foram recebidos pela segurança com hostilidade e recorrendo à agressões físicas contra os estudantes em luta.


As principais demandas da greve e da ocupação são de que a reitoria possa organizar um plano de construção de Restaurantes Universitários nos 7 pólos do interior ainda este ano e com o comprometimento de iniciar as obras, evidenciando que alguns pólos já tem um processo firmado mas que por falta de atenção da Reitoria, nenhuma das obras foram iniciadas. Além disso, reivindicam também uma ampliação da rota dos ônibus da instituição para que possam fazer viagens intermunicipais – viabilizando a permanência estudantil uma vez que não há passe livre nos municípios em que há campi da universidade; construção e ampliação das moradias e o retorno de reuniões presenciais dos Conselhos Superiores, reafirmando a necessidade da construção de um co-governo estudantil.


Em menos de 24 horas da ocupação, a reitoria mandou desligar a luz e a água do prédio, além de obrigar os seguranças a tirar fotos e filmar tudo que tem acontecido. Mas os estudantes mantiveram a altivez e o espírito combativo, realizando atividades de greve como aulas públicas, yoga, panfletagem, atividades de solidariedade internacional pró Palestina, protesto de rua, e promovendo de forma independente a alimentação e a limpeza do local, reafirmando que os estudantes não recuarão sem conquistar as demandas justas e históricas do corpo discente.

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