[RS] Professores Municipais de Novo Hamburgo decretam estado de greve contra atraso do reajuste salarial

Reproduzimos matéria do Jornal A Nova Democracia. 

O magistério municipal de Novo Hamburgo –  município da região metropolitana de Porto Alegre – juntamente com o Sindicato dos Professores de Novo Hamburgo (SINDPROFNH), decretaram estado de greve após o atraso no pagamento do reajuste salarial previsto para o contracheque de setembro.

Em assembléia realizada no dia 7 de outubro, a categoria deflagrou o estado de greve denunciando o descumprimento da lei municipal do reajuste, aprovada pela Câmara dos Vereadores. Em nota o sindicato manifestou seu profundo repúdio contra o prefeito Gustavo Finck (PP) e o descaso dos gestores da administração pública de Novo Hamburgo.

A lei foi aprovada pela Câmara dos Vereadores em 25 de junho, e  prevê o direito dos professores ao reajuste de 2% em julho, 2% em setembro e 1,48% em dezembro, todos com retroatividade até abril.  Mas a segunda etapa do reajuste, já aprovado pelo legislativo do município, não constava no pagamento de setembro, indignando a categoria contra a negligência do velho Estado com os trabalhadores da educação. Consequentemente o SINDPROFNH convocou uma mobilização para 15 de outubro, no dia do professor.

Professores municipais de Novo Hamburgo em assembléia-geral da categoria. Foto: Reprodução/Jornal ABC+

“É um prejuízo porque as contas não esperam. As contas dos professores não atrasam. É uma legislação aprovada, não estamos falando de aumento, estamos falando dos nossos direitos”, denunciou Luciana Martins, presidenta do Sindicato dos Professores, segundo o portal local DuduNews.

Ao longo da última semana de mobilizações, faixas e cartazes foram espalhados em escolas municipais da cidade. Em tom de cobrança ao prefeito Gustavo Finck (PP). Entre os cartazes haviam exigências como: “Prefeito, honre sua palavra!”. Uma nota de repúdio foi escrita e entregue à prefeitura pelo SINDPROFNH com três exigências principais: “Imediato cumprimento da lei; o pagamento integral da reposição retroativa; e o respeito à dignidade de quem todos os dias garante a educação de qualidade em nossa cidade”.

A desvalorização dos professores é um fenômeno geral do velho Estado brasileiro em suas constantes ofensivas contra a educação pública, sendo respondido pela categoria com luta de Sul a Note do País. Como extensamente denunciado pelo AND, em agosto deste ano, professores de Porto Alegre foram às ruas pela recomposição salarial e auxílio médico, além de defenderem a soberania nacional frente às ofensivas do imperialismo ianque. Já em Maceió, Capital do Alagoas, professores entraram em greve exigindo reajustes salariais e outros pontos relacionados à infraestrutura, condições de trabalho e valorização.

A luta também seguiu em Porto Velho, capital de Rondônia, onde os professores empregaram uma combativa greve contra a desvalorização da categoria e enfrentando as ameaças da Polícia Militar de Rondônia, a mando do governador e ex-coronel da PM Marcos Rocha, também durante o mês de agosto. 

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