[PR] ExNEPe agita estudantes e comunidade escolar contra a privatização das escolas estaduais!

A Executiva Nacional de Estudantes de Pedagogia (ExNEPe), em conjunto com a Executiva Paranaense e demais entidades e frentes de luta, participou nas últimas semanas de intensas mobilizações contra o projeto “Parceiros da Escola”, aberração privatista do governo do Paraná que propõe privatizar a gestão das escolas estaduais. Nos últimos dias, quando teve início a consulta pública, as cidades com presença da Executiva foram tomadas por protestos nas escolas. 

Em Curitiba, a Frente de Luta Contra a Privatização realizou uma série de panfletagens em alguns dos colégios cotados para serem entregues aos tubarões da educação. No Colégio Cecília Meirelles a indignação era muito grande, especialmente porque o diretor do colégio estava fazendo campanha a favor do projeto. Ao ficar sabendo das panfletagens contra a privatização, o mesmo diretor passou a panfletar também na porta da escola, para tentar conter o repúdio ao projeto, chegando mesmo a fechar os portões da escola mais cedo, numa tentativa patética de impedir a mobilização. Uma manifestação foi marcada pelos professores, alunos e apoiadores para a segunda-feira (09/12), no que seria o último dia da votação, de modo a agitar os pais e comunidade à rechaçar a privatização. 

Em Laranjeiras do Sul, foi criada a Frente Combativa Contra a Privatização do Gildo (FCCPG) com o objetivo de mobilizar, politizar e organizar estudantes, professores, pais e funcionários na luta contra a privatização do colégio. A Frente lançou um manifesto denunciando a atuação antiética e antidemocrática da Secretaria de Estado da Educação (SEED) e dos Núcleos Regionais de Educação (NREs). O documento conclamou os estudantes a desencadearem uma onda de greves e ocupações por todo o Paraná para barrar a privatização. As panfletagens seguiram desde o dia 03/12 até o último dia da votação (09/12), no qual os estudantes da Frente mantiveram o ritmo intenso. Sob chuva constante, passaram o dia distribuindo panfletos e dialogando com os pais que compareceram ao colégio. Durante toda a mobilização, a Frente destacou a greve de ocupação como a tática  mais avançada para enfrentar o projeto de privatização e incentivou os estudantes a se organizarem de forma combativa.

Na cidade de Maringá (PR), após o 42º Encontro Nacional de Estudantes de Pedagogia (ENEPe), estudantes secundaristas fundaram o Comitê de Luta Contra a Privatização – Maringá, com a proposta de organizar a comunidade contra a privatização. O comitê realizou panfletagem no colégio estadual Pioli e no colégio Branca da Mota, promoveu reuniões com os alunos, conversou com os responsáveis e confeccionou cartazes contra a privatização. Foram meses de intensas atividades para mobilizar a população contra a privatização.

Dois dias antes das falsas eleições, o Comitê organizou uma panfletagem, convocando responsáveis, alunos e professores a se manifestarem contra o projeto. A partir das 7h da manhã, estudantes secundaristas dos colégios Branca da Mota Fernandes e João Faria Pioli, junto ao Comitê de Luta Contra a Privatização de Maringá, DCE da Universidade Estadual de Maringá (UEM), do Centro Acadêmico de Pedagogia da UEM, membros da Executiva Nacional e Paranaense, estudantes da UEM, responsáveis, alunos e a comunidade, se reuniram em ato de protesto, denunciando, aos pais e alunos que ali passavam, o criminoso Projeto de Lei “Parceiros da Escola”. Penduraram faixas em frente ao colégio com a inscrição “Abaixo à privatização das escolas públicas do Paraná”, e os manifestantes também realizaram panfletagem nos carros que paravam no sinal em frente ao colégio, enquanto um deles falava ao microfone.

A dita consulta pública foi marcada por mudanças quase que diárias no seu regulamento, o que por si só já seria o suficiente para anulá-la. Além disso, a SEED colocou policiais militares nas portas de escolas para coibir manifestações, tamanho é o seu medo da mobilização popular contra a privatização. Deu com a cara na porta, pois a privatização foi barrada na esmagadora maioria dos colégios onde foi publicitado o resultado. Devemos persistir na luta para que as escolas não sejam privatizadas, aplicando a tática mais avançada do movimento estudantil: seguir o exemplo do Colégio Ablas e ocupar todas as escolas para colocá-las a serviço do povo!

PARA BARRAR A PRIVATIZAÇÃO, GREVE GERAL DE OCUPAÇÃO!
ABAIXO A PRIVATIZAÇÃO! RATINHO JR. E SEED INIMIGOS DA EDUCAÇÃO!
VIVA A LUTA CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DAS ESCOLAS!

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