[MG] Seminário de Luta Contra o NEM é realizado em Montes Claros

No último dia 29/05, a Frente de Luta Contra o Novo Ensino Médio em Montes Claros (FLNEM) e a Executiva Mineira dos Estudantes de Pedagogia (ExMEPe) realizaram um Seminário de Luta Contra o Novo Ensino Médio na Unimontes (Universidade Estadual de Montes Claros), com o objetivo de impulsionar a luta contra o NEM e divulgar a realização do 25º FoNEPe.

A mobilização começou na semana anterior com passagens em todas as salas do CCH (Centro de Ciências Humanas) e divulgação da atividade em grupos de whatsapp. Nas salas de aula, os estudantes levantavam dúvidas acerca do NEM e seus malefícios e demonstravam bastante interesse em compreender mais os problemas dessa política nefasta para o ensino público e gratuito.

Na mesa do Seminário estavam presentes o professor Ildenílson Meireles Barbosa, que é professor do Departamento de Filosofia da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), Professor permanente do Programa de Pós-Graduação em História (Mestrado) e Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Social (Mestrado/Doutorado); uma representante da Executiva Mineira dos Estudantes de Pedagogia; duas representes da FLNEM, das quais, uma é secundarista e aluna da E.E. Deputado Esteves Rodrigues.

A discussão foi aberta pela representante da ExMEPe, que abordou o conteúdo presente no Boletim nº 8 da ExNEPe e denunciou o NEM como um esvaziamento do conteúdo científico a ser aplicado nas escolas, a farsa dos itinerários formativos e sua aplicação como o caminho para a privatização. Além do mais, divulgou a realização do 25º FoNEPe. Logo em seguida, o professor Ildenílson denunciou o NEM como uma política catastrófica para o ensino público no país, baseando o seu fracasso no próprio fracasso do ensino médio, afirmando que as escolas não tem infraestrutura para promover esse suposto ensino técnico. Além do mais, criticou duramente Luiz Inácio por não ter revogado o NEM ainda e por não estar escutando a insatisfação de milhões de brasileiros contra essa política. As companheiras da FLNEM, abordaram a tática da greve de ocupação e como ela vinha sendo aplicada na cidade de Montes Claros aos poucos, com a conformação dos Comitês de Luta por Escola. Nisso, foram apresentadas as impressões da Frente acerca do alto índice de evasão nas escolas de tempo integral e a dificuldade de mobilizar os estudantes que frequentam essa modalidade de ensino, já que eles estão todos mudando para as de 6º horário ou abandonando.

No debate, muitos estudantes comentaram a intervenção declarando apoio à revogação e junto aos professores pediram mais detalhes da tática da greve de ocupação, que foi tratada como o caminho a revogação do NEM, pois dentro daquilo que foi acumulado pelo movimento estudantil secundarista em 2015/2016 é o que há de mais avançado, pois garante o exercício da democracia nas escolas e a coloca para funcionar a serviço do povo. De que na greve de ocupação, os estudantes, professores, funcionários, pais e comunidade exercem controle sobre a escola e decidem sobre seus rumos, organizando atividades políticas e culturais e garantindo que o ensino esteja a serviço dos seus interesses, a exemplo de algumas escolas que tem boicotado o NEM e mantido o ensino médio como era anteriormente.

Ao final, os estudantes se reuniram em frente ao plenário e de punho cerrado, declararam seu apoio à luta pela revogação imediata do NEM e a necessidade de se organizar para derrotá-lo.

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