Reproduzimos nota da Frente Independente de Luta contra o NEM de São Paulo
Veio à tona a ação terrorista da PM depois que a diretora da EMEI Antônio Bento, no Caxingui, Zona Oeste de São Paulo, pediu afastamento por razão de saúde mental. No dia 12, no mês em que se celebra a luta do povo preto brasileiro, PMs adentraram a escola portando fuzis de forma ostensiva ante crianças e trabalhadores, depois de chamados por um pai que se incomodou com desenho da orixá Iansã.
A atividade fazia parte do currículo da Secretaria Municipal de Ensino, no estudo sobre tradições religiosas afro-brasileiras. A intervenção da PM aconteceu por conta de delito nenhum e serviu para reforçar a postura racista do homem.
Aquilo que poderia resolver-se com debate comprometido, a polícia se meteu e transformou em ato de terror, afinal é o que de mais concreto o Estado tem para oferecer à juventude. Ainda que a legislação federal estabeleça a obrigatoriedade no ensino de cultura e história afro-brasileira, a aplicação de lei e ordem acontece apenas no sentido de reprimir as massas populares e promover o racismo, principalmente através do extermínio dos pobres e pretos na encenação do combate ao crime e na silenciada guerra contra os povos da terra.
O racismo na educação imposto pelo Estado, mesmo sob as pontas de fuzis como pudemos ver, serve às classes exploradoras para justificar os crimes de repressão contra a luta popular.
Celebremos sem medo a cultura e os heróis do povo!
