No dia 25 de novembro, a Executiva Nacional de Estudantes de Pedagogia (ExNEPe) participou de uma roda de debate organizada pelo Centro Acadêmico de Pedagogia (CAPed/UFRJ), dentro do evento “Pedagogia Ancestral”, no campus da Praia Vermelha. A atividade discutiu criticamente a Resolução CNE/CP nº 4/2024, denunciando seu caráter precarizante para a formação das pedagogas e pedagogos.

A roda de conversa articulou o debate da resolução com o Dia do Povo Preto, destacando o genocídio cotidiano praticado pelo velho Estado contra o povo pobre e negro, e mencionando a recente chacina nos Complexos do Alemão e da Penha, que vitimou mais de 136 moradores. A ExNEPe apresentou sua campanha nacional em solidariedade às comunidades atingidas e convocou estudantes a se somarem à luta.

Foram criticados pontos centrais da resolução, como:
– início do estágio supervisionado já no primeiro período, sem base teórica;
– apagar o pedagogo como pesquisador e gestor, reduzindo a formação apenas à docência;
– mudança da curricularização da extensão, inviabilizando áreas como a Pedagogia Hospitalar;
– ataque à autonomia universitária, com currículos padronizados e sem participação democrática;
– aprofundamento do projeto privatista de formação docente.

Destacou-se ainda que a palavra “Pedagogia” aparece apenas uma vez no texto da resolução, evidenciando seu apagamento. Como contraponto, a ExNEPe reafirmou a defesa da formação unitária do pedagogo, inspirada em Gramsci, integrando docência, pesquisa e gestão.

O encontro fortaleceu os vínculos entre ExNEPe, CAPed e estudantes da UFRJ na luta pela formação científica e pelos direitos do povo pobre e preto.

PEDAGOGIA É PRA LUTAR, O IMOBILISMO NÃO VAI NOS SEGURAR!

VIVA A EXECUTIVA NACIONAL DE ESTUDANTES DE PEDAGOGIA!