Membros da Executiva Catarinense de Estudantes de Pedagogia (ExCEPe) e do Movimento Maruí, realizaram no dia 01/10, um vitorioso Pós-FoNEPe no Auditório do Centro Socioeconômico (CSE), na UFSC. O evento contou com a fala de uma estudante de filosofia que participou do FoNEPe e relatou sua experiência no evento, bem como com a fala do professor, assistente social, mestre em educação e doutor em Serviço Social Claudemir Osmar da Silva, dezenas de estudantes independentes participaram do evento.
O evento começou com os relatos da arrecadação para viabilizar a viagem. Foram abordadas as banquinhas de venda de sanduíches, paçocas e café, realizadas duas vezes na semana para garantir esse custeio, dos brechós, inicialmente mensais, que se intensificaram conforme se aproximava o momento da viagem, e do Arraiá realizado já no início de julho, com esse mesmo intuito. Foi destacada a perseverança necessária para realizar essas atividades, que exigiram enorme organização dos alunos, bem como disciplina para que se fizessem presentes nesses espaços, dialogando com as massas estudantis e propagandeando a linha da ExNEPe e sua forma independente de atuar no Movimento Estudantil.
Sobre a viagem, foram compartilhadas as experiências pessoais que acompanharam os membros da delegação, a imensa maioria dos quais nunca havia participado de qualquer evento do movimento estudantil, ainda mais com um caráter independente. Sobre essas experiências, teve especial destaque a música composta no ônibus, “Nadando Contra a Corrente”, que demonstrou a enorme unidade que atingiram os membros da delegação ao longo de sua viagem, realizando de forma conjunta a composição.
Abaixo segue a letra:
NADANDO CONTRA A CORRENTE
Estudante combativo independente
Servindo ao povo de todo o coração
Junto a classe camponesa e operária
Plantando a semente revolucionária (2×)
Juventude combatente
Não se curva, nem se rende
No caminho da vitória há muitas peedras
Mas uma coisa certa é que a causa não se vende (2x inteiro)
Não temos dinheiro do governo
O movimento construímos com suor
companheiros nadem contra corrente
Esmagando o oportunismo ao seu redor (2x)
Juventude combatente
Não se curva, nem se rende
No caminho da vitória há muitas peedras
Mas uma coisa certa é que a causa não se vende (2x inteiro)
A Juventude honra o sangue palestino
Com a mesma força que atingiu o imperialismo
Pois a luta é o único caminho
O imobilismo não pode nos prender (2x)
Estudante combativo independente
Servindo ao povo de todo o coração
Junto a classe camponesa e operária
Plantando a semente revolucionária (2×)
Juventude combatente
Não se curva, nem se rende
no caminho da vitória há muitas peedras
Mas uma coisa certa é que a causa não se vende (2x inteiro)
O 26⁰ FoNEPe
Foi então falado sobre a participação da delegação no evento em si, sobre as mesas, primeiramente a de situação política, que abordou principalmente a decomposição do imperialismo ianque e suas consequências para o Brasil, bem como as lutas populares travadas ao redor do mundo. Ao comentar a mesa principal, foi dado destaque à forma como a precarização e a privatização do ensino vem afetando a UFSC, que enfrenta cortes orçamentários a cada ano, que degradam sua estrutura e pioram as condições de ensino da universidade. Também foi falado da importância da atuação do movimento estudantil independente na luta pela garantia de direitos estudantis e por uma educação pública, gratuita e à serviço do povo.
Especial destaque foi dado à manifestação, ocorrida no segundo dia do evento, que serviu como o maior exemplo da combatividade da ExNEPe. Acontecendo sob forte chuva, com a escolta de diversos carros de polícia, nada foi capaz de conter o ânimo dos presentes. Também foi abordada a saída de campo para o Quilombo do Abacatal e a inspiração da luta camponesa que as lideranças do Quilombo vem empreendendo ao longo de seus 200 anos de história.
Após a fala sobre o FoNEPe, o professor Claudemir abordou as formas como as diferentes categorias do campus podem resistir aos ataques ao ensino público, além do papel que a escola e o ensino possuem no contexto de vulnerabilidade social em que o professor possui experiência como assistente social. Após realizadas as falas, foi aberto um espaço para perguntas, que abordaram as jornadas de 2013-2014 e a forma como a falsa esquerda renegou seu legado de lutas para o povo, bem como os motivos para a mobilização supostamente popular dos partidos eleitoreiros não ser capaz de impedir os ataques às universidades brasileiras.
Os presentes então entoaram a plenos pulmões o grito de “Viva o Movimento Estudantil Independente e Combativo” encerrando o vitorioso evento.
VIVA O 26⁰ FONEPE!
VIVA A EXECUTIVA NACIONAL DE ESTUDANTES DE PEDAGOGIA!
VIVA O MOVIMENTO ESTUDANTIL INDEPENDENTE E COMBATIVO!






