Somando-se às mobilizações nacionais de denúncia contra a crescente violência policial no país, a Executiva Catarinense de Estudantes de Pedagogia (ExCEPe), em conjunto com o Coletivo Jataí, realizou no dia 31 de outubro, na UFFS – Campus Chapecó, uma colagem de cartazes em todos os blocos da Universidade. A ação se mostrou como uma necessidade em resposta à chacina ocorrida nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, no dia 28 de outubro, e como um ato de denúncia contra o governador genocida e criminoso do estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro.
Os estudantes acompanharam com profunda indignação e revolta o massacre ocorrido nos complexos da Penha e do Alemão, marcado por uma das chacinas mais letais da história recente, que vitimou mais de 136 moradores e expôs, mais uma vez, a escalada da violência institucional que é engendrada pelo Velho Estado. Ao mesmo tempo em que corpos se acumulam nas vielas e famílias são destroçadas, o governo estadual e setores da grande mídia tentam construir uma narrativa de “sucesso operacional”. Tal discurso, amplamente repetido por autoridades e veículos alinhados à política de extermínio, busca legitimar a barbárie como eficiência, e o massacre como resultado positivo de uma suposta “guerra contra o crime”. Trata-se de uma retórica falaciosa, que encobre a realidade da violência institucionalizada, uma política racista e genocida, voltada ao controle e à eliminação do povo pobre. Frente a esta realidade, a ExCEPe e o Coletivo Jataí organizaram um grupo de estudos onde foram debatidas a manipulação midiática em torno das chacinas e a urgência de mobilização popular pelo fim da política de extermínio e pela punição severa ao genocida Cláudio Castro e a todos os “agentes” envolvidos na perpetuação desse projeto genocida.
Os cartazes fixados contém mensagens de denúncia e cobrança de responsabilização pelo massacre. Os dizeres continham: “É preciso punição severa para Cláudio Castro e responsáveis pela maior chacina da história recente no país” e “A história não falha, vocês vão nos pagar”. Outro cartaz cotinha um chamado para mobilização política, afirmando: “Organize seu ódio e integre a Campanha Unificada pelo Fim do Genocídio contra o Povo Pobre no Brasil”. Ademais, o cartaz apresenta um QrCode que aponta para a matéria do jornal A Nova Democracia sobre o caso e outro para o instagram da Campanha Unificada.
Essa mobilização integrou ao chamado realizado pela Executiva Nacional dos Estudantes de Pedagogia (ExNEPe), que ocorreu em conjunto com manifestações em diversas regiões do país contra a repressão do Velho Estado e em defesa dos direitos do povo pobre do Brasil.
O movimento estudantil independente e combativo pronunciou-se: “Não aceitamos! Reafirmamos nossa solidariedade às comunidades atingidas e conclamamos todas as entidades democráticas, estudantis e populares a se somarem em atos, campanhas e manifestações em todo o país, denunciando essa barbárie e exigindo o fim imediato da violência institucional conduzida pelo Estado.”
A nossa luta unificou, é estudante junto com trabalhador!
Ir ao combate sem temer! Ousar lutar, ousar vencer!
Chega de chacina da PM na favela e de Israel na Palestina!
Chega de chacina! Polícia assassina!


