ExNEPe se soma à campanha em apoio à Liga dos Camponeses Pobres e assina manifesto contra a criminalização da luta pela terra

A Executiva Nacional de Estudantes de Pedagogia declara seu pleno apoio ao manifesto lançado pela Associação Brasileira dos Advogados do Povo Gabriel Pimenta (ABRAPO) e pelo Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos (CEBRASPO) em defesa da Liga dos Camponeses Pobres (LCP) que têm sofrido uma brutal campanha de perseguição política e criminalização, e conclamamos a todas e todos estudantes a assiná-la como como parte de nosso compromisso por construir escolas e universidades a serviço do povo.

Como o próprio manifesto aponta, o contexto da campanha é grave. Vemos o crescimento de organizações paramilitares a serviço do latifúndio e o aumento do número de assassinatos de lideranças camponesas com a conivência e mesmo com participação direta das forças policiais, que tem atuado como verdadeiros seguranças privados de grandes fazendeiros e empresas. Este é o caso de Rondônia, onde o Batalhão de Operações Especiais (Bope) comandado pelo Comandante-Geral da Polícia Militar de Rondônia (PM), Regis Braguin, assassinou o camponês Raimundo Nonato e aterrorizou várias famílias nas Áreas Revolucionárias Valdiro Chagas nas vésperas dos 30 Anos da Batalha de Santa Elina. 

A ExNEPe reafirma que apoiamos decididamente a luta pela terra, pois essa luta é inseparável da defesa dos direitos democráticos do povo e de uma pedagogia crítica e emancipatória. Como denunciamos recentemente em nota, o latifúndio através no “De Olho no Material Didático” tem buscado censurar dos livros seus crimes e responsabilidade por todo o atraso semicolonial o qual submetem a nação, na vã tentativa se promover com a moderna roupagem do “agro pop-tech-tudo” e assim modelar as aulas e projetos pedagógicos sob a ótica anti-povo e vende pátria.

A estes inimigos de nosso povo respondemos o seguinte: Não passarão! Os professores, estudantes e demais progressistas, devem estar atentos a essas intervenções do latifúndio e dar uma resposta contundente contra o avanço dessa perseguição e criminalização da luta do nosso povo, transformando as escolas e universidades em verdadeiras caixas de ressonâncias da luta popular e democrática.

Manifestamos nossa solidariedade irrestrita a Liga dos Camponeses Pobres e todas as organizações populares que avançam na luta pela democratização do acesso à terra.

Terra para quem nela vive e trabalha!

Abaixo a criminalização da luta pela terra! 

Lutar não é crime!

O link para o abaixo-assinado pode ser acessado por aqui.

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