Desde a semana passada, estudantes do Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido (CDSA/UFCG), em Sumé, realizam uma ocupação pacífica das centrais de aula. A mobilização foi deliberada em assembleia e tem como objetivo denunciar os cortes na educação, reivindicar reajuste de bolsas, melhores condições de permanência e o funcionamento regular e de qualidade do Restaurante Universitário (RU).
A decisão acontece em um contexto de sucessivos cortes nas universidades federais. De acordo com a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES), os recursos destinados às instituições caíram de R$ 15 bilhões em 2015 para R$ 5,5 bilhões em 2021, impactando bolsas, infraestrutura e serviços essenciais como o RU.

Durante a ocupação, os estudantes se organizam coletivamente em núcleos de segurança, limpeza, comunicação, alimentação e formação, garantindo tanto a manutenção cotidiana quanto a realização de atividades culturais, rodas de formação e debates políticos.
Sem o RU em funcionamento, a alimentação passou a ser um dos principais desafios. A resposta veio da própria solidariedade: em apenas uma semana de ocupação, já foram servidas gratuitamente cerca de 600 refeições, fruto da mobilização coletiva e do apoio da comunidade.
Entre as principais pautas do movimento, estão:
– Reajuste das bolsas estudantis;
– Funcionamento pleno do Restaurante Universitário;
– Condições dignas de permanência no campus;
– Assistência estudantil mais acessível;
– Melhor infraestrutura no NEAF.
Os ocupantes reforçam que estão abertos ao diálogo com professores, técnicos e demais servidores, convidando toda a comunidade acadêmica a se somar à luta. Além disso, seguem arrecadando doações de alimentos e contribuições financeiras para manter a mobilização.
Chave PIX: 81982715872 | Chaves Sampaio Uchôa Cavalcanti
