[MG] Nota Pública | Não à militarização das escolas! Abaixo o modelo cívico-militar imposto por Zema!

Na última segunda-feira, 30 de junho, a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais, em sua gerência de turno do reacionário Romeu Zema, enviou um memorando-circular para mais de 700 escolas estaduais, determinando que as direções convoquem, até o dia 18 de julho, assembleias para que as comunidades escolares decidam sobre a adesão ao modelo cívico-militar.

O que está em curso é uma manobra suja, feita de forma acelerada e silenciosa, justamente nas últimas semanas do período letivo, quando grande parte dos estudantes já está ausente das aulas. O objetivo é claro, passar por cima da organização coletiva, calar a comunidade escolar e enfiar goela abaixo um projeto que só serve para maquiar a destruição da educação pública.

A lista divulgada inclui 24 escolas estaduais de Juiz de Fora, que podem ser alvo da implementação desse modelo que se apresenta como “promissor para garantir segurança e organização”. Mas, na prática, tem se mostrado ineficaz, excludente e prejudicial ao ambiente escolar.

Apesar das tentativas fracassadas de apresentar as escolas cívico-militares como solução para a crise da educação, diversos estudos e levantamentos científicos apontam justamente o contrário. Não há melhora significativa nos índices de aprendizagem, a disciplina imposta pelo modelo militar não substitui investimentos em infraestrutura, valorização dos profissionais da educação e políticas pedagógicas consistentes. Além disso, aumentaram os relatos de assédio moral, censura e repressão nas escolas militarizadas.

Essas “consultas” realizadas em momento de baixa mobilização favorecem a adesão forçada, especialmente entre famílias de estudantes do ensino fundamental, muitas vezes influenciadas por discursos despolitizados, descolados da realidade concreta da educação pública. Além disso, professores, coordenadores e direções têm relatado casos de ameaças, intimidações e pressão política para aceitarem a proposta, o que torna a situação ainda mais grave e preocupante.

Em Juiz de Fora, professores(as) e alunos(as) das escolas ameaçadas estão se organizando com coragem e combatividade para defender suas escolas. Estão sendo produzidos panfletos, cartazes, bottons e adesivos, que já circulam nas comunidades escolares e nas redes.

Essa mobilização é uma resposta concreta à ofensiva do governo e mostra que a escola não é e não será quartel!

Diante desse cenário, chamamos todos os estudantes, trabalhadores da educação, pais e toda a comunidade escolar a se mobilizarem, com firmeza e urgência contra mais esse ataque à educação pública!

NÃO AO MODELO CÍVICO-MILITAR!

ESCOLA NÃO É QUARTEL!

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