Mesmo após a destituição da ex-diretoria da FUNEC Cruzeiro do Sul, em Contagem, motivada por comportamentos autoritários, desrespeitosos e incompatíveis com o ambiente educacional, por parte do ex-vice-diretor, os estudantes, com o apoio do Grêmio Estudantil Maria Firmina dos Reis e das comissões de formatura do período da manhã e da tarde, demonstraram força e protagonismo ao organizar uma Festa Junina vitoriosa e democrática, denunciando tal situação.
O ex-gestor demonstrava postura antipedagógica, mandando alunos “calar a boca” e tirando fotos de salas de aula e demais espaços da escola, sem autorização, sob a justificativa de “registrar” para denúncias — conduta considerada invasiva e intimidadora por toda a comunidade escolar. Também foi acusado de realizar denúncias infundadas contra professores e estudantes, contribuindo para um clima de tensão e perseguição.
Segundo relatos, o ex-vice-diretor desconsiderava orientações coletivas, tomava decisões unilaterais e agia segundo critérios pessoais, chegando a desmontar projetos importantes como o Cineclube e os treinos esportivos voltados ao InterFUNEC. Um dos episódios mais graves foi a tentativa de inviabilizar a tradicional Gincana Literária, inventando até mesmo uma reunião inexistente para impedir sua realização.
A Festa Junina organizada pelos alunos simboliza não apenas resistência, mas a reafirmação de que os estudantes têm força para construir uma escola pública crítica e viva.
Além de cuidarem da programação da festa, os alunos do 3º ano realizaram uma importante atividade de arrecadação financeira para sua formatura. O grêmio estudantil também promoveu ações de autossustentação, reafirmando sua postura independente e combativa.
A festa contou com quadrilha, DJ, comidas típicas como: churros, maçã do amor, cachorro-quente, batata frita, refrigerantes e brincadeiras como pescaria e cama elástica. Tudo foi organizado de forma independente pelos próprios estudantes, mostrando seu caráter de agentes de transformação da escola pública.


