Moção em apoio aos camponeses da área Gedeon José Duque
Nós, estudantes presentes no 7° Encontro Rondoniense dos Estudantes de Pedagogia, realizado em Porto Velho – RO nos dias 29 e 30 de abril, tomamos parte no apoio aos camponeses que lutam pela terra no Brasil, em especial, na Área Gedeon José Duque, localizada no município de Machadinho d’Oeste – RO a qual, no dia 09 de abril, foi alvo de pistoleiros fortemente armados do grupo “Invasão Zero”.
O grupo de pistoleiros que expulsou os camponeses atirando na direção das famílias, inclusive de mulheres e crianças, tem invadido a terra desses camponeses pobres de forma completamente ilegal, sem nenhum mandado de reintegração de posse, e realizando tal trabalho ao lado da própria PM do estado. Ou seja, essa ação é conhecida pelo próprio Estado brasileiro, mas que nada faz para cessar esses ataques, muito pelo contrário, tem acobertado tais ações.
Na data do primeiro ataque, as famílias correram para a mata para não serem mortas, enquanto seus barracos e pertences foram queimados. Os animais foram mortos a tiros e as plantações destruídas, pois não houve tempo para levar nada do que tinham conquistado e construído. Como foi afirmado em matéria do Jornal AND: “A ação da Polícia Militar e dos pistoleiros tem se expandido para as áreas vizinhas embora não haja nenhuma operação de reintegração de posse expedida pelo judiciário de Rondônia contra essas áreas.” “No dia 10, pistoleiros fizeram arrastão e invadiram a casa de camponeses na Área Gonzalo, ameaçando e agredindo vários moradores, chegaram a agarrar no pescoço de um casal de idosos, ameaçando de morte logo em seguida caso não deixassem seu lote imediatamente.”
Ou seja, esse grupo de pistoleiros tem tentado espalhar medo e ameaças aos camponeses inclusive nas áreas vizinhas à área Gedeon, humilhando e se utilizando de todo tipo de abuso contra as famílias. Os camponeses da área Gedeon vivem e trabalham nestas terras há meses, e as áreas vizinhas já existem há mais de 5 anos. Em todas elas os camponeses buscam condições dignas de moradia e trabalho. A região é composta por terras destinadas à reforma agrária, mas que na prática nunca ocorreu. São terras imensas nas mãos de senhores de terra que nada produzem. Os camponeses utilizam a terra para seu sustento, e tem ali a oportunidade de ter uma vida digna a partir do suor de seu trabalho. São os camponeses os responsáveis por alimentar as cidades dando a devida função para a terra na qual trabalham.
A Executiva Rondoniense esteve presente na missão de solidariedade que ocorreu nos dias 12 e 13 de abril juntamente a várias entidades, dentre eles o Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos (CEBRASPO), a Associação Brasileira de Advogados do Povo (ABRAPO) e seus representantes, o Comitê de Apoio ao Jornal A Nova Democracia, professores da Universidade Federal de Rondônia e do Instituto Federal de Rondônia, representantes do Diretório Central dos Estudantes da UNIR (DCE/UNIR), dos Centros Acadêmicos de Letras Inglês e Geografia, das Executivas Nacional e Rondoniense de Estudantes de Pedagogia (ExNEPe e ExROEPe), membros dos grupos de pesquisa HISTEDBR/UNIR e do Grupo de Pesquisa em Gestão do Território e Geografia Agrária da Amazônia (GTGA), o Movimento Estudantil Popular Revolucionário (MEPR) e o Movimento Feminino Popular (MFP) a fim de demonstrar aos camponeses que sua luta é justa e que apoiaremos de todas as formas possíveis.
Por isso, queremos nos somar à defesa dos que lutam pela sua terra, dos que produzem e vivem nela de forma digna. Nos somamos também à denúncia dessas ações covardes de pistoleiros e da PM que continuam cercando até hoje os camponeses dessa região, na vã tentativa de tirá-los de suas terras. Afirmamos junto às famílias da área: essas terras são do povo!
VIVA A LUTA DOS CAMPONESES DA ÁREA GEDEON!
TERRA PARA QUEM NELA VIVE E TRABALHA!
DERRUBAR OS MUROS DA UNIVERSIDADE, SERVIR AO POVO NO CAMPO E NA CIDADE!
Moção contra o parecer 04/2024 do MEC/CNE e em defesa da formação científica do Pedagogo
Nós, estudantes presentes no 7° Encontro Rondoniense dos Estudantes de Pedagogia, realizado em Porto Velho – RO nos dias 29 e 30 de abril nos colocamos contra homologação pelo MEC e aprovação pelo CNE do Parecer 04/2024. Este documento institui as novas diretrizes nacionais de formação de professores, o que representa um grave ataque à formação científica e crítica no curso de Pedagogia e nos cursos de formação de professores. Reproduzimos trecho da moção aprovada no 42° ENEPe em Maringá:“A ExNEPe, desde a imposição pelo MEC da resolução 02/2019 tem mobilizado grandes lutas pela revogação desta medida que é o maior ataque ao curso de Pedagogia e Licenciaturas dos tempos recentes. Impulsionando uma combativa luta a nível nacional, com dezenas de atos, mobilizações e debates conseguimos primeiramente paralisar a aplicação desse ataque e posteriormente sua revogação com a emissão da resolução 04/2024.
O parecer 04/2024 que, apesar de apresentar vários recuos da resolução 02/2019, ainda mantém muitas questões desta resolução que atentam contra nosso curso e formação. Como por exemplo, mantém a referência de nossa formação na BNCC (apesar de colocar no texto de forma menos explícita que antes). Dessa forma, tal parecer, apresenta uma perspectiva pragmática e tecnicista e constitui um ataque à autonomia das universidades de elaborarem seus próprios currículos. Somos contra qualquer concepção de Base Nacional Docente, entendendo que visa impor uma padronização dos currículos e fere o princípio de autonomia dos cursos e universidades de desenvolver sua formação debatida pelos seus professores e estudantes”.
É essa perspectiva de currículo que está para ser aprovada nas licenciaturas em geral, bem como nos cursos de pedagogia, e até então, o debate não está sendo repercutido ou acompanhado pelos estudantes de forma verdadeiramente democrática.
Dessa forma, reiteramos a necessidade de se estabelecerem Grupos de Trabalho, composto por professores e estudantes em cada curso onde essa medida está sendo imposta. Esta reformulação impacta diretamente na nossa formação e dia a dia na universidade, o que só reforça a necessidade de ampliar e aprofundar o debate com os discentes, compreendendo o fundo político e econômico que rege essa medida, e quais os impactos para o desenvolvimento da pedagogia enquanto ciência.
ABAIXO E BASE NACIONAL COMUM DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES (BNC-FP)!
ABAIXO A RESOLUÇÃO 04/2024!
POR UM CURRÍCULO CIENTÍFICO E UNITÁRIO!
Moção contra a “Lei da Mordaça” da UNIR
Nós, estudantes presentes no 7° Encontro Rondoniense dos Estudantes de Pedagogia, realizado em Porto Velho – RO nos dias 29 e 30 de abril, tomamos parte no apoio aos estudantes, professores, técnicos e demais membros da comunidade e denunciamos a tentativa de imposição do código de ética e conduta.
Em novembro de 2023 os estudantes combativos e independentes ocuparam o Restaurante Universitário para finalmente inaugurar esse com as próprias mãos. Restaurante esse que ficou 12 anos parado recebendo apenas os coffee breaks com políticos do senhor Juliano Cedaro. Com o início da ocupação nasceram também inúmeras maneiras mirabolantes de como reprimir os estudantes: processo contra os estudantes que ocupavam, um pedido de reintegração de posse ao RU, um verdadeiro milagre burocrata da instalação de 8 tótens de segurança e cerca de 200 câmeras na UNIR, e por fim, a reconstrução do DOICÓDIGO de Ética e Conduta. Reforçamos ainda que todas essas manobras acima tiveram como principal autor e apoiador o senhor Juliano Cedaro, antigo REItor e atual pró-reitor da PROPESQ.
Desde 2008 as sucessivas tentativas de diferentes gestões superiores em implementar esse Código de Ética e Conduta foram todas derrubadas pelos estudantes combativos que denunciaram todas essas tentativas antidemocráticas da implementação deste código que, apesar de suas palavras pomposas e proposições subjetivas, esse tem como real objetivo perseguir e criminalizar todos aqueles que lutam por uma universidade pública, gratuita e verdadeiramente democrática em nosso estado. Essa verdadeira lei da mordaça é tão absurda que propões desde “vestimentas adequadas para o ambiente acadêmico” (que na realidade criminaliza vítimas de assédio sexual) até a proibição em utilizar o nome da UNIR em qualquer postagem em redes sociais sem autorização prévia, barrando, assim, quaisquer tentativa de denúncia sobre a UNIR.
Em meio a tantas prioridades como: melhorias no RU, finalizar a obra do teatro, aumentar as políticas de permanência aos estudantes, levar a cabo as reivindicações dos docentes e técnicos na justa greve por recomposição salarial e melhorias justas nas respectivas carreiras; a reitoria está preocupada em perseguir professores, técnicos e alunos, na realidade utilizando desse Código de Ética e Conduta como uma verdadeira cortina de fumaça para problemas que de fato existem na UNIR. Essa censura que a atual gestão superior da UNIR tenta implementar será mais uma vez derrubada! Não permitiremos essa verdadeira caça às bruxas em nossa universidade!
ABAIXO A CENSURA NA UNIR!
LUTAR NÃO É CRIME!
DERROTAR O DOICÓDIGO DE ÉTICA E CONDUTA!
Moção em apoio à mobilização dos professores das rede estaduais e municipais de RO
Nós, estudantes presentes no 7° Encontro Rondoniense dos Estudantes de Pedagogia, realizado em Porto Velho – RO nos dias 29 e 30 de abril, tomamos parte no apoio aos professores estaduais e municipais de Rondônia/Porto Velho que lutam por condições mais justas de permanência na carreira nas redes públicas aglutinados à luta nacional da categoria, bem como a luta que encampam por uma educação científica que sirva ao povo!
Desde o início deste ano, os professores das redes estaduais de todo país mobilizaram-se em conjunto para uma grande paralisação marcada para o dia 25 de março de 2025. Paralisação essa que teve como objetivo reivindicar melhorias nas condições de trabalho desses profissionais da educação, bem como escancarar a maior precarização do ensino público devido à implementação do Novo Ensino Médio. Dentre as principais pautas de reivindicações estão: aumento de auxílios (transporte e alimentação), equiparação salarial para técnicos educacionais (nível 1 e 2), em defesa de uma educação científica nas escolas públicas estaduais, dentre demais pautas referentes à permanência na carreira de docente.
Com as mobilizações nacionais e elevação da luta pela carreira docente com os devidos direitos que impulsionam a permanência nessa. Numa segunda assembleia realizada foram apresentadas ao coletivo de professores quais eram as propostas do Governo, como por exemplo aumentar o auxílio alimentação de R$253 para R$500, essas propostas foram consideradas insuficientes e desrespeitosas pela categoria.
Além disso, os profissionais denunciam a maior precarização da educação e discrepância nas carreiras nas escolas militarizadas. Nessas escolas os membros militares que trabalham nessas áreas ganham 70% a mais no salário para isso, recebendo assim salários maiores até que os professores com doutorado, mesmo trabalhando nas mesmas escolas. Essa militarização inclusive foi impulsionada pelo atual governador Marcos Rocha, eleito com base bolsonarista, que busca cada vez mais tirar ou até congelar direitos elementares dos trabalhadores, ocasionando num grande problema: o desmonte da educação do estado de Rondônia.
Ademais, entre as principais pautas, referente ao piso salarial, vale-transporte e estudo para a implementação da titularidade, as votações sobre essas foram adiadas para o mês de julho. Isso demonstra o desinteresse do governo em de fato resolver os problemas da categoria e a falta de compromisso com a educação.
Expressamos nosso apoio aos professores em luta e por seus direitos de trabalho e melhores condições na carreira!
VIVA A LUTA DOS PROFESSORES DA REDE ESTADUAL!
EM DEFESA DA EDUCAÇÃO PÚBLICA E GRATUITA!