No dia 04 de maio, o perfil do instagram do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal da Fronteira Sul – Campus Laranjeiras do Sul (DCE UFFS-LDS), foi suspenso pelo monopólio de comunicação e tecnologia Meta, sob a “justificativa” de que o perfil estaria associado a outro que violou as regras da plataforma, o que supostamente infringiria os chamados “Padrões da Comunidade”.

No dia 05, após diversas tentativas de entrar com uma apelação contra a suspensão da conta, os estudantes conseguiram enviar um pedido solicitando a revisão da decisão tomada pela empresa. Após algumas horas a conta foi permanentemente desativada. Diante deste cenário, o DCE em conjunto com uma Advogada do Povo tomaram as medidas legais para tentar recuperar a conta, pois que a plataforma não deixou claro se essa suposta “associação” se deu por compartilhamento de dispositivo, e-mail ou mesmo por interações dentro da própria rede, como mensagens, curtidas, comentários ou publicações.

Essa não é a primeira vez que perfis de DCEs que compõem a ExNEPe são atacados. No dia 6 de março deste ano, o perfil do DCE da Universidade Federal da Grande Dourados também foi derrubado, pouco após denunciar ataques contra a retomada indígena Pakurity. No caso do DCE de Laranjeiras, a censura ocorreu poucos dias após a publicação de um vídeo em apoio à ocupação da reitoria da UEM, que teve mais de 15 mil visualizações; e, no 1º de Maio, Dia do Internacionalismo Proletário, uma publicação em que estes se colocaram ao lado daqueles que lutam contra o latifúndio e suas hordas paramilitares, o nazi-sionismo e o imperialismo, principalmente o ianque.

Estas perseguições não são de hoje e não se tratam de casos isolados, na verdade esta plataforma parece ter critérios bem claros para definir a quem dirigirá os seus vis ataques, um deles é perseguir todos que apoiam abertamente a causa do povo palestino e sua justa luta por libertação nacional, outro é combater e censurar todos que se colocam ao lado do povo de nosso país, em particular dos camponeses pobres sem terra e com pouca terra que cansados e sofrer e esperar se levantam em luta contra o latifúndio e este estado.

Acreditamos, portanto, que este é mais um dos diversos casos de perseguições e censuras que vêm atingindo diversas entidades e figuras democráticas, como o comunicador Thiago Ávila, o jornalista Breno Altman, o sociólogo Thiago Torres (conhecido como Chavoso da USP), o jornal A Nova Democracia e o próprio DCE da UFGD, que denunciam, de forma diária e contundentemente, os ataques contra o povo, desde os bombardeios em Gaza até os sucessivos ataques à educação no Brasil.

Temos plena clareza de que essa censura se volta contra o movimento estudantil independente e combativo porque somos parte da juventude combatente. Aplicamos a tática da greve de ocupação, nos colocamos lado a lado com camponeses e indígenas em suas retomadas e ocupações, e não abrimos mão da defesa intransigente do heroico povo palestino e de sua justa luta por libertação nacional. Somos uma juventude que não se curva diante do inimigo de classe, que não renuncia a seus princípios e que não se isola nos muros da universidade. Ao contrário, servimos ao povo, no campo e na cidade.

Que este ataque nos dê mais certeza do justo caminho que estamos trilhando que todos os estudantes, professores, democratas e progressistas defendam a independência e a combatividade como princípios do movimento estudantil e denunciem estes ataques contra nossos companheiros que, ao fim e ao cabo, é um ataque aqueles que verdadeiramente lutam e se colocam ao lado povo.

ABAIXO A CENSURA AO MOVIMENTO ESTUDANTIL INDEPENDENTE E COMBATIVO!

TERRA PARA QUEM NELA VIVE E TRABALHA!

VIVA A LUTA DE LIBERTAÇÃO NACIONAL DO POVO PALESTINO!