[MA] Enquanto as escolas desmoronam, os oportunistas seguem defendendo o governador Brandão!

As escolas de ensino médio do Maranhão, de responsabilidade federativa do Governo do Estado, encontram-se em situação crítica. Enquanto algumas escolas-modelo, incentivadas por projetos maquiados que buscam aprofundar a implementação do Novo Ensino Médio, recebem investimentos e reformas — como é o caso das unidades Educa Mais e dos IEMAs da cidade —, as escolas que não passaram por essa alteração estão em condições sub-humanas.

Um exemplo dessa realidade é a Escola Artur Carvalho, localizada no bairro de Fátima, em São Luís. Lá, os estudantes são obrigados a usar banheiros químicos, consumir água de má qualidade e enfrentar uma merenda precária. Além disso, qualquer tentativa de organização estudantil é sufocada por uma gestão autoritária, que atua como testa de ferro do governador para impedir manifestações.

Recentemente, após a intervenção do movimento estudantil independente e combativo na escola, convocando os alunos a se mobilizarem em defesa de seus direitos, o diretor entrou nas salas recolhendo os panfletos, amassando-os e tentando identificar quem estava distribuindo o material.

A precariedade não se restringe a escolas de bairros mais isolados. Até instituições históricas e renomadas, como o Liceu Maranhense, enfrentam problemas estruturais. Estudantes relatam a falta de ar-condicionado em diversas salas, a exposição de estruturas deterioradas e a ausência de bancos no refeitório, obrigando-os a lanchar sobre um pedaço de ferro. Além disso, há uma tentativa deliberada de desarticular o grêmio estudantil, que há anos está sob o controle oportunista da UJS.

No interior do estado, a situação é bem pior. Em Nina Rodrigues, estudantes do Centro de Ensino Major Érico Gomes Braga usaram as redes sociais para denunciar as condições insalubres da unidade. A obra iniciada no ano passado está parada há seis meses, sem avanços. Não há banheiros, iluminação, cantina e, em algumas áreas, nem mesmo telhado. Diante dessas condições inabitáveis, os estudantes e profissionais de educação seguem prejudicados, com apenas quatro períodos de aula condensados em uma hora.

O Governo do Estado chegou a ser obrigado a realizar, com urgência, as obras de reforma na Escola Indígena Cocal Grande, localizada na Aldeia Bacurizinho, por determinação da 1ª Vara do município de Grajaú devido às graves deficiências estruturais, elétricas e hidráulicas que comprometem o funcionamento da instituição. A ação foi movida pelo ministério público devido a tamanha calamidade.

Essa é a realidade da maioria das escolas estaduais do Maranhão. Enquanto isso, o governador Carlos Brandão aprofunda seu compromisso com o latifúndio, garantindo privilégios aos grandes proprietários de terra com leis como a Lei da Grilagem, aprovada às pressas no fim de 2023. Essa legislação ampliou de 200 para 2,5 mil hectares a área que pode ser regulamentada por aquele que “comprove a morada permanente e cultura efetiva, pelo prazo de 5 anos.”, facilitando a grilagem e impulsionando a violência no campo.

Na capital, seu jogo demagógico tenta esconder as medidas antipovo, como o ridículo incentivo ao Carnaval no Estado, que recebeu 69 milhões de reais este ano. E, como era de se esperar, a UBES, base desse governo reacionário, permanece em silêncio diante do total descaso com as escolas estaduais. Pelo contrário: os oportunistas da UJS, do PT e etcavera, seguem recebendo dinheiro para ocupar cargos em secretarias de Juventude e até na própria Secretaria de Educação, intervindo ao bel prazer nas escolas e aparelhando os próprios grêmios estudantis.

A realidade é que todos os oportunistas, da ujs ao PSOL e UP – que juram ser oposição ao governo – hoje se silenciam para que em 2026, possam conseguir alguma cargo como migalha de agradecimento por proteger as ações do governo e garantir que ele siga cumprindo com sua agenda à serviço do latifúndio e dos grandes empresários. Qualquer semelhança não é coincidência com o que encontramos no governo federal. Para esses velhos politiqueiros, vale tudo para se manter no governo.

Somente organizando cada escola com um grêmio estudantil independente e combativo será possível alcançar as mudanças necessárias! Conclamamos todos os estudantes secundaristas a romperem de vez com o peleguismo da UBES, que há décadas é aparelhada por carreiristas da pior espécie, que traficam os interesses dos estudantes em troca de cargos e a se lançarem com audácia na luta pelo direito de estudar e aprender, barrando o sucateamento das escolas com greve de ocupação!

PARA BARRAR A PRECARIZAÇÃO, GREVE GERAL DE OCUPAÇÃO!

PELO DIREITO DE ESTUDAR, ENSINAR E APRENDER!

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