[DF] Policiais sionistas buscam criminalizar bandeira palestina em ato contra a privatização da saúde

No dia 25/02, durante um ato da saúde contra as privatizações que vem sendo promovidas pelo reacionário governador Ibaneis Rocha, a Polícia Legislativa da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) tentou criminalizar estudantes do Coletivo de Base – Honestino Guimarães (CB-HG) por utilizarem uma bandeira da Palestina. Os policiais saíram desmoralizados.

O ato foi chamado por servidores da saúde, através de sindicatos e organizações que lutam pela saúde pública e de qualidade no Distrito Federal (DF). A mobilização se fez como resposta à indicação do atual presidente do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), Juracy Lacerda, ao cargo de secretário de saúde do DF.

O Iges-DF é uma entidade privada criada em 2019 pelo ex-governador Rollemberg (PSB) e que no governo de Ibaneis Rocha (MDB) vem tomando controle de uma fração cada vez maior da saúde pública do DF, deixando-a cada dia mais precarizada. E nesse cenário, a entrega da secretária de saúde ao Iges-DF significa a entrega da saúde pública do DF ao setor privado.

Polícia sionista tenta criminalizar bandeira palestina

Em protesto contra essas medidas reacionárias, os manifestantes entraram na plenária da CLDF para denunciar o descaso com a saúde.

Estudantes do Coletivo de Base – Honestino Guimarães (CB-HG) acompanharam o ato em apoio aos servidores da saúde e em denúncia aos golpes privatistas que o governador vem realizando na saúde. Os estudantes levantaram uma faixa escrito “Contra a escala 6×1! Greve Geral de Resistência Nacional!” e colocaram uma bandeira da Palestina junto às faixas em defesa da saúde.

Ao final do ato, policiais da Polícia Legislativa da CLDF tentaram criminalizar a bandeira palestina.

Aproveitando um momento que um dos estudantes ficou só, três policiais foram em cima dele. Questionaram que bandeira era aquela, e quando este respondeu se tratar de uma bandeira da Palestina, perguntaram se não era na verdade uma bandeira do Hamas.

Na tentativa de intimidar, os policiais tentaram levar o estudante para uma sala, com o suposto intuito de fazer a “identificação” dele. Neste momento, outro estudante que estava próximo foi ver o que estava acontecendo. Quando chegou perto da bandeira, relata que os policiais lhe disseram que era proibido estender bandeiras palestinas na CLDF.

“Ele me perguntou se era minha a bandeira, e eu disse que sim. Me perguntaram que bandeira era aquela e eu respondi que era a bandeira da Palestina. Tentaram me intimidar afirmando que não fazia sentido uma bandeira daquelas num ato da saúde, que era proibido. Afirmei que a Palestina é um farol para todos os povos do mundo e que levantamos a bandeira da Palestina em todo ato que vamos. Só a retirei do local porque vi que estavam levando meu companheiro para um local isolado e fui atrás”, relata o estudante.

Quando o plano de isolar um dos estudantes falhou, os policiais começaram a intimidá-los pelo uso de máscaras descartáveis. Buscavam identificar os estudantes, que se recusaram a mostrar a identidade.

Acontece que o sistema eletrônico havia caído, então a identificação que geralmente é feita na entrada da CLDF não foi realizada. No entanto, como relata um estudante, “se a identificação não foi feita na entrada, não fazia sentido quererem nos identificar agora. Era claramente uma tentativa de intimidação e criminalização feita por policiais sionistas”, relata.

Os policiais se acovardaram quando um deputado foi ver o que estava ocorrendo: mentiram, dizendo não ter proibido a utilização da bandeira palestina, que sabiam que enquanto policiais eles não podiam decidir o que poderia ou não ser estendido na CLDF.

Sua nova tática frente às testemunhas que iam se formando foi tentar impedir a saída dos estudantes até que se identificassem. Afirmaram ser uma obrigação a retirada das máscaras descartáveis a mando da polícia e a entrega dos documentos de identidade. O CB-HG, ao contrário, declara em sua nota de denúncia “que a identificação pode ocorrer na entrada de prédios públicos, porém, aprovada a entrada, não há como nos obrigar a nos identificar na saída. Foi uma clara tentativa de criminalização, mas que não funcionou.”

Aproveitando as testemunhas que se juntaram ao redor, os estudantes enfrentaram as afirmações dos policiais sionistas. Ao questionarem se eles estavam então impedidos de sair, um dos policiais afirmou que não, ao que os estudantes aproveitaram a oportunidade e deixaram o edifício em conjunto, deixando os policiais desmoralizados.

Em nota, os estudantes declaram ainda que continuarão “erguendo alta a bandeira palestina e lutando contra a criminalização daqueles que lutam”.

Confira aqui a nota na íntegra: https://www.instagram.com/p/DGkuB_JuYlH/?igsh=MWRqdWpkNnE4dDlw&img_index=1

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