A Universidade Federal do Rio de Janeiro teve a energia e a água dos prédios cortadas nesta semana. Tal situação ocorreu devido a uma dívida que a universidade acumulou com a empresa Light, que já chega a R$31,8 milhões referente a faturas vencidas de março e novembro de 2024, além de R$3,9 milhões em parcelas não quitadas de um acordo firmado em 2020, e com a empresa Águas do Rio o valor não foi divulgado. Outras dívidas com manutenção e serviços também chegam à casa dos milhões.

Segundo a própria reitoria, a falta de orçamento é o principal fator do não pagamento dessas dívidas, chegando a exigir do MEC suplementação orçamentária, o qual ofereceu um repasse emergencial de R$ 1,5 milhões. Está claro que o repasse proposto pelo MEC, em comparação com o valor da dívida, é completamente irrisório, ainda mais após sucessivos cortes de verbas nas universidades federais no país afora, o qual a URFJ também foi alvo.

Isso é um ataque ao direito de estudar e aprender dos estudantes que têm sua permanência estudantil completamente ameaçada. É mais uma demonstração de que o governo federal tem compromisso apenas com o setor privado e com o atraso da nação quando segue a velha lógica de sucatear para privatizar, deixando as universidades brasileiras – principais responsáveis pelo desenvolvimento da produção científica do nosso país – à sua própria sorte, como é o caso da maior federal do brasil, que hoje tem ‘respirado por aparelhos’.

Contra os cortes de verbas! Recomposição orçamentária já!

Reitor da UFRJ apresenta a situação orçamentária desde 2011 em aula pública.