Contra as privatizações das escolas estaduais de São Paulo: Greve geral de ocupação!

No dia 29 de outubro e 04 de novembro o governo do estado de São Paulo, gerenciado por Tarcisio de Freitas – inimigo dos estudantes e servidores públicos – realizou a venda de 33 escolas públicas numa verdadeira farra aos tubarões da educação que saíram beneficiados com os acordos bilionários firmados, em meio a revoltas que ocorriam nos arredores do prédio da Bolsa de Valores. Não passarão!

O acordo totaliza um roubo de R$3,25 bilhões aos cofres públicos, em que empresas como a Agrimat Engenharia e Empreendimentos Ltda e Engeform assumirão a construção e administração das escolas e sairão beneficiadas sem terem qualquer relação com o setor da educação. A própria Engerform mesmo já assumiu a maior concessão para gestão de operação de cemitérios e serviços funerárias em São Paulo. Por mês, essas empresas passarão a ganhar aproximadamente R$11 milhões por 25 anos para construir as escolas no oeste e leste do estado! Enquanto que as escolas públicas espalhadas pelo estado, carecem de investimento em infraestrutura básica.

A Justiça de São Paulo suspendeu o leilão após a ação do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), que alegou que o edital desconsidera o princípio constitucional da gestão democrática da educação, desrespeitando a integração necessária entre a administração do espaço físico escolar e as funções pedagógicas, resultando em uma terceirização indevida de atividades essenciais ao serviço público de educação. Mas no mesmo dia o governador conseguiu a cassação da liminar que interrompia o processo de privatização das escolas estaduais. Isso só mostra a fragilidade da própria justiça em garantir nossos direitos e que o caminho deve ser o da mobilização popular combativa.

Conhecemos bem a política desses fanfarrões defensores dos interesses do setor privado na educação, especialmente do mestre da destruição das escolas públicas do Paraná, o Sr. Renato Feder que hoje é o atual Secretário da Educação de São Paulo. Eles não medirão esforços para acabar com o direito do povo de ensinar, estudar e aprender. São verdadeiros inimigos dos interesses das classes populares, prova-o o governo estadual ter apresentado recentemente uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para cortar 10 bilhões do orçamento destinado à educação do estado. 

A Executiva Nacional de Estudantes de Pedagogia, conclama a todos os estudantes secundaristas, profissionais da educação, entidades e pessoas democráticas a se unificarem para desencadear uma poderosa onda de ocupações para derrotar a privatização de nossas escolas públicas! Como afirma a nota da FIL – Frente Independente de Luta contra o NEM de SP “Em cada sala, em cada corredor, em cada escola, a palavra de ordem deve ser: Greve Geral de Ocupação Já!”. Relembremos o terror dos reacionários e privatistas em 2015, com as ocupações em Goiás contra as ameaças de privatização, terceirização e militarização; no próprio estado de São Paulo, as mais de 200 escolas ocupadas que impediram a reorganização escolar promovida pelo então governador tucano Geraldo Alckmin! E em 2016, as mais de mil escolas ocupadas por todo o país contra a reforma do ensino médio e a PEC dos Gastos, a maior onda de ocupações do mundo que forjou uma geração inteira de jovens para as lutas combativas dos anos seguintes!

Recomendamos a todos assistirem o documentário “Não tem arrego” como parte da formação política necessária para levar a cabo a aplicação da tática da greve de ocupação, que tem provado ser a mais consequente e combativa para derrotar os ataques privatistas à educação.

ABAIXO A PRIVATIZAÇÃO DAS ESCOLAS DE SÃO PAULO!

CONTRA A PRIVATIZAÇÃO: GREVE GERAL DE OCUPAÇÃO!

TIREM A MÃO DE NOSSAS ESCOLAS!

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