[RJ] Estudantes ocupam ICHF na Universidade Federal Fluminense

Nesta quarta-feira (25/10), estudantes do curso de Filosofia e Sociologia da UFF ocuparam o Bloco P do Instituto de Ciências Humanas e Filosofia (ICHF) da Universidade Federal Fluminense (UFF) para reivindicar pautas históricas de ambos os cursos. As reivindicações, expostas em faixas, palavras de ordem e materializadas nos piquetes erguidos e na postura combativa dos estudantes, apontam para problemas de longa data nos dois cursos que ferem o direito dos estudantes de entrarem e permanecerem na Universidade.

O curso de Filosofia, desde sua criação, não possui o turno da noite, impossibilitando os trabalhadores que enfrentam jornadas de trabalho/transporte massacrantes possam frequentar o curso. Enquanto isso, o curso de Sociologia não oferece a habilitação de licenciatura, o que é um grave problema para a profissionalização e oferta de empregos para os estudantes em um país onde as ciências humanas são progressivamente atacadas.

Durante o dia foram realizadas diversas atividades, bem como a distribuição de panfletos de conscientização das pautas levantadas e objetivos da ocupação. Foi também realizada uma aula pública com a professora Fabrina do departamento de filosofia da UFF, sobre a Filosofia do período renascentista. Com o passar das horas a movimentação atraiu diversos outros estudantes que se decidiram a participar, compondo a ocupação com suas pautas, incluindo o Diretório Acadêmico de Psicologia(DAPSI). O DAPSI também vem lutando contra a precarização em seu curso há algum tempo, principalmente sobre a questão estrutural dos laboratórios e prédios onde ocorrem suas atividades.

A coordenação do ICHF procurou os estudantes e houve uma reunião entre os departamentos e os estudantes em luta que foi bastante proveitosa para o avanço das pautas. Está prevista para a noite uma assembleia que vai definir os próximos passos da ocupação.

Os estudantes, mobilizados pelos centros acadêmicos da Filosofia, Sociologia e Psicologia cansados das enrolações e políticas burocráticas impostas pelos seus respectivos departamentos, agarraram a tática da greve de ocupação, a principal arma que os estudantes têm contra a precarização do ensino público. Sob a palavra de ordem “É GREVE! É GREVE DE OCUPAÇÃO! NEM SUCATEAMENTO NEM PRIVATIZAÇÃO!”, os estudantes afirmam que não irão se retirar até que suas demandas sejam atendidas.

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