Nota da Executiva Estadual de Estudantes de Pedagogia de São Paulo
A Executiva Estadual de Estudantes de Pedagogia de São Paulo vem demonstrar todo apoio a ocupação e greve dos estudantes da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo. Na noite do dia 18 de setembro, após assembleia de cursos, os discentes aprovaram greve e ocuparam o prédio administrativo. Após reunião com o diretor Paulo Martins, o edifício foi desocupado, mas a greve segue firme até todas as pautas serem atendidas. Mais e mais cursos aderem ao movimento de greve.
Dentre as reivindicações, estão a contratação imediata e permanente de professores – atualmente diversos cursos sofrem com a falta de professores, só o curso de Letras conta com a ausência de mais 70 docentes, impossibilitando a oferta de disciplinas e estendendo indefinidamente a conclusão do curso de milhares de estudantes; o pagamento das bolsas de permanência: com a reformulação do novo Programa de Apoio à Permanência e Formação Estudantil (PAPFE), muitos estudantes em situação de vulnerabilidade tiveram seu direito negado sem nenhuma justificativa. Outro ponto levantado foi o autoritarismo do diretor da FFLCH, que convocou a PM para esvaziar os prédios do campus, tentando barrar as assembleias e movimentação estudantil.
Esta mobilização ocorre como resposta a precarização cada vez maior da universidade, que atinge todos os campi, e compõe uma onda rebeliões combativas que vem sendo empreendida na USP. Em outubro do ano passado, o curso de pedagogia encabeçou a ocupação do Bloco 16 na USP Ribeirão Preto pela contratação de professores. Em junho deste ano ocorreu a ocupação da EACH USP, o campus Leste. O movimento durou 8 dias e tinha como reivindicações a permanência e a contratação de professores. Mais recentemente, nos dias 24 e 25 de agosto, secundaristas da ETEC CEPAM se manifestaram e ocuparam sua escola reivindicando a revogação do Novo Ensino Médio, reforma da quadra e melhores condições da merenda.
Com todas essas mobilizações fica evidente que os estudantes não podem mais se contentar em fazer apenas reuniões com a Direção, abaixo-assinados nem manifestações. Embora todas essas formas de luta sejam importantes e fundamentais para o movimento estudantil, a cada dia se comprova que elas não bastam, não têm levado nossas reivindicações a vitória. Com a ocupação, tomamos as escolas e universidades em nossas mãos, transformamos esses espaços em núcleos de mobilização e luta. Precisamos arrancar na marra nossos direitos! É necessário ousar e avançar combativamente!
RESISTIR, LUTAR! COM A GREVE TRIUNFAR!
SÓ A LUTA RADICAL QUE MUDA A SITUAÇÃO, GREVE GERAL DE OCUPAÇÃO!