No esforço de impulsionar a luta contra o novo ensino médio que vem tomando proporções cada vez maiores por parte de estudantes e professores, a ExNEPe, em seu 25º FoNEPe em Dourados-MS definiu os dias 24 de agosto e 19 de outubro como dia nacionais de luta contra o “novo” ensino médio. Dessa forma, seguindo o espírito de combatividade expresso no vitorioso dia 27 de junho, estudantes universitários, secundaristas e professores se mobilizaram de norte a sul do país denunciando a criminosa imposição do NEM e exigindo sua imediata revogação, tendo inclusive sido deflagrada uma ocupação relâmpago de um dia na ETEC Cepam, em SP, capital.
Confira abaixo como foram as mobilizações pelo país:
Maranhão
No dia 24, secundaristas e estudantes de pedagogia organizaram uma roda de conversa para debater a necessidade da revogação do novo ensino médio e denunciar a farsa da consulta pública.
Durante a conversa, estudantes de comunicação social e artes visuais se posicionaram, demonstrando a necessidade dos estudantes se organizarem no movimento estudantil para defender com unhas e dentes a educação pública.
Um estudante secundarista que esteve presente, presidente do grêmio Preto Cosme do C.E Manoel Beckman, relatou a experiência de luta dos estudantes contra o novo ensino médio na sua escola, que em uma demonstração de combatividade, ocuparam sua escola por 24h!
Durante a atividade foi ressaltado que a greve de ocupação é a tática histórica mais eficaz para que os estudantes sejam atendidos em suas reivindicações e foi com ela que aqueles que estudam no Manoel Beckman conseguiram com que as aulas específicas do “novo” ensino médio fossem suspensas no período da ocupação e inspiraram diversos de estudantes no Brasil inteiro para lutar pela revogação do Novo Ensino Médio!






Pará
A Executiva Paraense junto a estudantes secundaristas de uma escola em Ananindeua (região metropolitana de Belém) organizou uma panfletagem na porta de uma escola, convocando os estudantes que saíam a se somar na construção do Dia Nacional de Luta e fazer parte da Frente contra o NEM de Belém e Região conformada para impulsionar a luta pela revogação do “Novo” Ensino Médio!
Muitos panfletos foram distribuídos, com os estudantes demonstrando apoio unânime a posição apresentada. Em frente a escola foi colocada uma faixa convocando a revogar o NEM com greve de ocupação! Os companheiros que conformaram a Frente conversaram com estudantes e professores sobre as consequências da reforma na escola, colocando a necessidade de seguir com mobilizações e elevar a organização.
Após a panfletagem foi feito um balanço altivo sobre a importância da mobilização na escola, definido novas atividades para continuar a mobilização dos secundaristas e também definição de atividades nas universidades nos cursos de licenciatura.








Rondônia
Na capital Porto Velho, estudantes da Universidade Federal de Rondônia – Unir e secundaristas de colégios da cidade realizaram agitação e panfletagem na porta do Instituto Federal de Rondônia – IFRO. Mais de 250 panfletos foram distribuídos e através do megafone os presentes denunciaram as terríveis consequências que a imposição do NEM tem causado além de conclamar estudantes e professores a somarem-se na luta, dando impulso ao Comitê de luta contra o NEM de Porto Velho.







Brasília
Atendendo ao chamado da Executiva Nacional dos Estudantes de Pedagogia (ExNEPe) o Coletivo de Base – Honestino Guimarães (CB-HG) distribuiu nos dias 24/08 e 25/08 mais de trezentos panfletos contra o “Novo” Ensino Médio para estudantes do Centro de Ensino Médio 414 de Samambaia. Os panfletos foram recebidos com grande entusiasmo pelos estudantes, alguns pediram mais exemplares para distribuir entre os colegas e ajudaram ativamente na panfletagem.





Mato Grosso do Sul
Em Dourados a mobilização começou no fim da tarde às 17h. Após a contração os manifestantes seguiram até a escola estadual presidente Vargas, onde panfletaram e conversaram com os estudantes. Estavam presentes membros da ExNEPe, do DCE, de CAs e secundaristas. Houve amplo apoio ao movimento por parte dos secundaristas que rechaçaram o Novo Ensino Médio demonstrando disposição de luta, os secundaristas relataram a precariedade na estrutura escolar e denunciaram a falta de conteúdo científico.



Minas Gerais
Na capital, Belo Horizonte, no dia 24 de agosto, a Executiva Mineira de Estudantes de Pedagogia organizou um Sarau Combativo na UFMG. Nele, foram declamados poemas que inspiram luta, e que dão sentido para continuarmos a persistir na luta pela revogação imediata do novo ensino médio, debate feito com os universitários logo após os poemas. Também construímos em conjunto um mural contendo as recentes notícias de ocupações secundaristas e universitárias por todo o brasil, além de, a partir de uma dinâmica, escrevemos nele respostas para a pergunta: “Por que devemos ir à luta?”, pois sabemos de nossa capacidade de ser transformadores de nossa própria realidade em prol do coletivo e das classes populares do Brasil.









São Paulo
Campinas
Em Campinas, estudantes que compõem a Frente Contra o “Novo” Ensino Médio – Campinas, realizou atividade de panfletagem no Restaurante Universitário da UNICAMP. Foram distribuídos cerca de 800 panfletos, em que os estudantes pontuaram a necessidade da organização e luta estudantil pela revogação imediata do NEM. Diversos estudantes de pedagogia e licenciaturas apoiaram a atividade e se interessaram por compor a Frente. Ao final da panfletagem, os estudantes da Frente deixaram uma faixa “Abaixo o Novo Ensino Médio”, pautando no megafone o caráter anticientífico do NEM, desmascarando a farsesca consulta pública e a necessidade de sua revogação imediata.




Ribeirão Preto
Foi realizado na Universidade de São Paulo – USP – campus de Ribeirão Preto pelo Centro Estudantil de Pedagogia – CEPed – e pela Frente de Luta Combativa uma grandiosa palestra contra o NEM.
A palestra contou com a presença do Professor Doutor Marcelo Pereira, docente do departamento de Biologia na área de educação, que apresentou aos estudantes o que é o NEM e seus ataques à educação pública. A palestra também contou com a presença do Pena, secretário de propaganda da ExNEPe, que abordou as questões políticas e ideológicas do NEM e as formas de lutas contra os ataques à educação, utilizando como exemplo as ocupações secundaristas e a ocupação do bloco 16 de 2022 pelos estudantes da Pedagogia.
O CEPed e a Frente reforçaram a importância dos estudantes se lançarem na luta contra o NEM e convidou os presentes a participarem das panfletagem nas escolas secundaristas que acontecerão na semana seguinte.



São Paulo
No dia 24 de agosto, estudantes secundaristas da ETEC CEPAM (USP) mobilizados pelo grêmio Maria da Conceição Tavares, a Frente Independente de Luta contra o Novo Ensino Médio de São Paulo, o Coletivo Aroeira e a Executiva Nacional de Estudantes de Pedagogia, realizaram uma vitoriosa manifestação em sua escola. Ao adentrarem no prédio, realizaram uma assembleia estudantil pela manhã que discutiu a reforma do “Novo” Ensino Médio, além de problemas específicos como a reforma da quadra, melhores condições da merenda e apoio a greve dos professores das ETECs e FATECs. Os alunos aprovaram a ocupação da escola, entretanto, foram coagidos a encerrar a mobilização pelo autoritarismo da direção, que ameaçou punir quem saísse da sala com faltas e perda de notas.
Revoltados com as ameaças e criminalização da direção, os estudantes se organizaram e realizaram uma ocupação-relâmpago no dia seguinte. Iniciaram o dia fazendo piquetes para impedir a aplicação das aulas e convocaram uma assembleia que politizou e uniu bastante os jovens. A gestão buscou desmobilizar o movimento utilizando funcionários e professores para canalizar medo e desânimo nos secundaristas. Apesar dessa maquinação, a ocupação causou tamanho barulho que conquistou uma reunião com uma representante do Centro Paula Souza (responsável pela administração das ETECs e FATECs), que pressionou a direção a se comprometer com as demandas dos alunos, incluindo a reforma da quadra, que a diretora disse já ter verba e um projeto, mas que até hoje não foram realizada.
Com essa rica experiência, os estudantes conhecem como se dá uma ocupação e qual é o poder desta tática para alcançar suas demandas, além também de aprender quais os limites da dita democracia dentro das escolas. Apenas através da independência e combatividade é possível romper com esses limites e responder as ameaças ao ensino público e gratuito. Os secundaristas da ETEC CEPAM, com toda certeza, servem de inspiração para que outras escolas derrubem com luta combativa o ataque do Estado chamado de “Novo Ensino Médio”.






Sorocaba
Na escola estadual Joaquim Izidoro Marins, localizada em um bairro de periferia de Sorocaba, interior de São Paulo, estudantes do Ensino Médio e professores organizaram uma roda de conversa, onde foi debatida a matéria publicada no site da Executiva “O dia-a-dia da vitoriosa ocupação do colégio Manoel Beckman!”. Os estudantes conversaram sobre os problemas causados pelo NEM em sua escola e puderam ter uma maior compreensão de como se realiza uma ocupação. Ao final, declararam concordância com a tática de luta que se demonstra a mais capaz de barrar o projeto reacionário.
Os estudantes, atendendo os chamados da Executiva Nacional dos Estudantes de Pedagogia, já realizaram ações de propaganda da greve de ocupação na escola em diversos momentos, inclusive no dia 27/06, e declaram que seguirão organizando os estudantes de sua escola e aderindo as datas nacionais dirigidas pela entidade até a revogação completa do “Novo” Ensino Médio.



Baixada Santista
No dia 24, estudantes se reuniram no horário de almoço e realizaram uma panfletagem como forma de participação no dia nacional de luta contra o NEM convocado pela ExNEPe. Cerca de 100 panfletos foram distribuídos, produzidos pelos próprios secundaristas e que discute a necessidade da revogação imediata do Novo Ensino Médio.

Rio de Janeiro
No dia 24 de agosto a Executiva Fluminense de Estudantes de Pedagogia junto com o Diretório Acadêmico Anísio Teixeira da Faculdade de Educação da UFF realizaram uma roda de conversa no Instituto de Educação Ismael Coutinho (IEPIC), escola estadual e de curso Normal com grande histórico de luta e ocupações na cidade de Niterói. A roda de conversa teve participação do Grêmio Estudantil e de 70 estudantes que rechaçaram a implementação do NEM em sua escola, denunciando o suposto ensino em tempo integral em que os estudantes ficam horas em ócio, as aulas de ‘’empreendedorismo’’ e a inexistência das disciplinas de sociologia, filosofia, história e geografia nos 3 anos de formação do Ensino Médio. Diante dessa situação criminosa, os estudantes receiam não conseguir ingressar na universidade e boa parte sente desânimo ao ir para a escola. Durante a conversa, foi ressaltado a importância da organização combativa do grêmio estudantil e da necessidade de deflagrar uma grande greve de ocupação para barrar e revogar o Novo Ensino Médio.



Paraná
Maringá
Em Maringá a luta contra o NEM e pela construção do dia 24 de agosto envolveu diversas atividades, mobilizando dezenas de estudantes, principalmente na Universidade Estadual de Maringá. Na terça-feira, 22, houve uma paralisação de professores na UEM, lutando por melhores salários e pela redução da carga horária abusiva dos professores temporários. A executiva paranaense e o CAPED interviram nas assembleias e panfletagens dos docentes buscando unificar a luta pautando a necessária revogação do Novo Ensino Médio.
No dia seguinte, 23, ocorreu um cinedebate, organizado pelos cursos de Pedagogia e de Comunicação e multimeios, com o filme Escolas em Luta, do diretor Tiago Trambeli, que expõe a realidade das ocupações secundaristas no estado de São Paulo em 2015. O cinedebate contou com a intervenção do próprio diretor. Quando questionado por estudantes sobre os paralelos que podem ser traçados entre as ocupações de 2015 e a luta contra o NEM, Tiago defendeu ser necessário retomar os movimentos de ocupação. Ao fim da atividade, estudantes do CAPED e da ExPEPe interviram com uma agitação contundente, chamando todos a compor uma agitação no RU no dia seguinte, 24.





Esta agitação foi organizada conjuntamente entre os centros acadêmicos de Pedagogia, Geografia e Psicologia, que uniram forças para construir o Dia Nacional de Luta. Ao meio dia, estudantes realizaram uma agitação com panfletagem na porta do RU da UEM, distribuindo centenas de panfletos e fazendo falas para politizar e mobilizar os que passavam. Como forma de unificar a luta docente e estudantil, também foram distribuídos centenas de panfletos que relatavam a luta dos professores temporários e alguns destes se uniram à panfletagem.






Laranjeiras do Sul
No dia 24 de agosto (Dia Nacional de luta contra o novo ensino médio), foi realizado panfletagens nas escolas: Colégio Estadual Cívico Militar Érico Veríssimo para as turmas da manhã e da tarde, e no Colégio Estadual José Marcondes Sobrinho, para as turmas do integral e do noturno. Esta atividade foi realizada pela Frente Contra o “Novo” Ensino Médio de Laranjeiras do Sul respondendo ao chamado da Executiva Nacional dos Estudantes de Pedagogia. Foram distribuídos no total 350 panfletos nas escolas estaduais e 150 panfletos na Universidade Federal da Fronteira Sul no período da noite.
A panfletagem no Colégio Estadual Cívico Militar Érico Veríssimo logo se tornou uma breve manifestação de uma quadra, contando com a participação de estudantes da UFFS e cinco secundaristas do magistério do Colégio Estadual Professor Gildo Aluísio Schuck. Apesar de breve, a manifestação demonstrou a fúria dos estudantes frente às reformas do ensino médio, que entoavam palavras de ordem e seguravam cartazes; além disso, os manifestantes foram elogiados por funcionárias de um dos colégios e por alunas do ensino fundamental 1 do Escola Municipal Padre Gerson. No geral, a mobilização em Laranjeiras do Sul contra o “Novo” Ensino Médio evidenciou a força da voz dos estudantes independentes, quando se unem para defender os interesses do povo. A panfletagem, o protesto na rua e a solidariedade demonstrada, não apenas impactaram a conscientização local, mas também contribuíram para um movimento maior de resistência estudantil.





Curitiba
Em Curitiba, após assembleia do curso de Pedagogia da UFPR, os estudantes realizaram um vitorioso trancaço de rua ao lado da reitoria e do RU. Foram 30 minutos de trancaço mas que repercutiu enormemente. Muitos motoristas e pedestres apoiaram e buscaram entender o que estava acontecendo. 300 panfletos foram entregues durante essa atividade para os carros e estudantes que passavam perto, e a denúncia contra o NEM ficou escancarada!





Na parte da noite, estudantes secundaristas e universitários se uniram na saída do Colégio Estadual do Paraná para denunciar a reforma e se somar a mobilização nacional pela revogação do “novo” ensino médio. Em média 20 estudantes marcharam do CEP até o RU Central da UFPR, onde fizeram uma agitação convocando todos a lutar contra o NEM e a apoiar o movimento secundarista. Ao final, reuniram – se no pátio da reitoria e afirmaram o seu compromisso de permanecer lutando contra o Novo Ensino Médio.







