24 de agosto: Dia nacional de luta contra o “Novo” Ensino Médio!

24 de agosto:

Dia nacional de luta contra o “Novo” Ensino Médio!

A todos os estudantes, professores, trabalhadores da educação, organizações e entidades democráticas comprometidas com a educação pública e gratuita! Neste dia 24 de agosto, uma vez mais, manifestamos nossa indignação com a imposição do “Novo” Ensino Médio e exigimos sua imediata revogação. Cresce a cada dia a insatisfação por parte de estudantes, professores e gestores quanto à implementação da contrarreforma do NEM nas escolas do país, assim como tem crescido a justa revolta e a luta exigindo sua revogação. Diversas manifestações, atos de rua, panfletagens, aulas públicas, debates, fóruns, encontros e até mesmo ocupações de escolas e universidades tem reafirmado categoricamente a posição dos estudantes e professores de rechaço completo a esta criminosa contrarreforma.

O “Novo” Ensino Médio é o maior ataque ao ensino público e gratuito das últimas décadas e a sua implementação tem significado a destruição completa dessa etapa da educação básica, retirando o direito dos alunos de estudar e aprender e dos professores de ensinar ao impor o esvaziamento dos conteúdos científicos dos currículos escolares em troca de um aglomerado de chorumelas como “projeto de vida”, “o que rola por aí”, “faces do mistério”, “bolo de pote”, dentre outros disparates disfarçados de disciplinas. Com a negação do conhecimento científico produzido pela humanidade aos jovens filhos e filhas da classe trabalhadora o que se tem verificado é um aprofundamento da precarização e completa destruição da escola pública, retirando, também, a possibilidade desses jovens de ingressarem no ensino superior público.

Em meio a uma profunda crise econômica, política e institucional na qual o Brasil se afunda, as classes exploradoras tentam a todo custo impor uma educação escolar pautada no empreendedorismo, na individualização de problemas sociais, na formação de professores e estudantes dóceis, resilientes e despolitizados, para que dessa forma não se revoltem contra as mazelas sociais e a carestia de vida pelas quais têm vivido e aceitem passivamente aos ataques antipovo dos sucessivos governos a serviço dos monopólios internacionais, como o Banco Mundial, FMI, etc. Entretanto, o tiro saiu pela culatra, pois a imposição do NEM tem causado justamente o contrário: uma gigantesca revolta estudantil, elevação da mobilização e politização de alunos e professores, grandiosas manifestações e certamente novas ocupações de escolas e universidades, a exemplo das combativas ocupações de 2015 e 2016.

A consulta pública lançada pelo MEC/Governo Federal foi um fracasso. As promessas de que os estudantes seriam ouvidos não passaram de demagogia e as propostas de mudanças no projeto são meramente cosméticas, feitas na tentativa de desmobilizar a luta e enganar professores e estudantes, enquanto que o essencial permanece inalterado. Ainda assim, tal recuo, representado pelas alterações sugeridas pelos secretários estaduais de educação aponta que estes senhores, assim como o MEC de Lula e Alckmin e todos os privatistas tremem de medo diante da crescente combatividade que a luta de estudantes e professores tem tomado. Pois que tremam de medo, uma vez que a nossa luta está só começando e grandiosas manifestações e ocupações virão.

Com o recente corte de verbas de R$332 milhões o governo federal tirou de uma vez sua máscara de suposto governo popular e comprometido com a educação, fez traça de suas promessas de melhoria no ensino público e comprova uma vez mais que o seu compromisso, de fato, é com os privatistas do Todos Pela Educação e, por isso, segue aplicando a mesma cartilha aplicada pelos governos anteriores, como bons sabujos que são dos monopólios internacionais. Por isso, cabe ao movimento estudantil romper com qualquer ilusão de que o MEC/ Governo Federal possa voltar atrás com a reforma por qualquer motivo que não seja a pressão popular, oriunda de combativas mobilizações e ocupações nas quais nós, estudantes e professores, tomemos as escolas e universidades em nossas mãos.

Portanto, uma vez mais, façamos do dia 24 de agosto mais um grandioso dia nacional de luta contra o “Novo” Ensino Médio, tendo em perspectiva desencadear uma nova onda de vigorosas ocupações por todo o país pela revogação imediata desta nefasta medida.

REVOGAÇÃO IMEDIATA DO NOVO ENSINO MÉDIO!

ABAIXO O CORTE DE VERBAS NA EDUCAÇÃO!

DEFENDER O ENSINO PÚBLICO E GRATUITO COM UNHAS E DENTES!

BAIXE AQUI O PANFLETO PARA UTILIZAR NO DIA 24 DE AGOSTO

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