Nesta terça-feira (8), o SISMAC (Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba) reuniu centenas de professores de 80% das escolas da rede municipal de ensino de Curitiba para iniciar uma greve por tempo indeterminado.
A greve iniciou com uma manifestação na praça 19 de dezembro e seguiu em marcha até a frente da prefeitura. Palavras de ordem como “Não vai ter arrego, mexeu com a educação, eu vou tirar o seu sossego!”, foram proferidas ao mercenário Rafael Greca. Somaram a manifestação os estudantes do Centro Acadêmico de Pedagogia da UFPR e da Executiva Nacional dos Estudantes de Pedagogia, que fizeram uma calorosa intervenção em apoio à greve dos profissionais da rede municipal, apontando que somente a luta combativa e unificada entre estudantes e professores pode mudar a situação.




A revolta se dá em razão do novo projeto do plano de carreira da Prefeitura, que estava congelado desde 2017. O novo projeto é um atentado a todos os professores da rede, pois além da prefeitura oferecer um crescimento irrisório, 95% dos profissionais da categoria ficariam de fora do crescimento vertical ¹ e 80% fora do crescimento horizontal ² a cada processo.
As reivindicações dos professores são: de inclusão de toda a categoria no crescimento horizontal; bem como aumento de ambos os crescimentos; de uma compensação pelos anos de carreira congelada, a contratação de novos profissionais concursados; (inclui outras categorias); e o aumento do piso salarial de auxiliares de serviço escolar.
Mesmo diante da ameaça da prefeitura em tentar impedir a greve com a liminar do TJ dizendo ser ilegal e estabelecendo uma multa de R$20 mil reais por dia ao SISMAC, os profissionais da rede municipal não deixaram se intimidar e permanecerão em greve.
VIVA A GREVE DO MAGISTÉRIO!
EM DEFESA DE UM PLANO DE CARREIRA JUSTO!
¹ Crescimento vertical: aumento do salário de acordo com o grau de escolarização do funcionário.
² Crescimento horizontal: reajuste de salário anual para todos os funcionários.



