No dia 13 de junho estudantes da universidade do Estado do Pará (UEPA) realizaram vitoriosas e combativas manifestações e fecharam duas importantes avenidas da cidade de Belém e estradas em cidades do interior, mostrando toda sua indignação contra a situação calamitosa a que chegou a UEPA, como estruturas extremamente sucateadas e falta de professores, que tem prejudicado a formação dos estudantes e sobrecarregado os professores que lecionam.

Estudantes dos campi de Belém fecharam ao memso tempo a avenida Almirante Barroso e a Senador Lemos. Esta última, próxima ao campus CCSE onde fica as licenciaturas e o curso de pedagogia, foi fehcada por uma hora, após estudantes saírem em manifestação de dentro da universidade, entoando as palavras de ordem como “é por ensino, pesquisa e extensão! É a UEPA contra a precarização!” e “Estudantes na rua, Barbalho a culpa é sua!” (Barbalho é o sobrenome do governador do estado do Pará Helder Barbalho). A ExPaEPe tomou parte da mobilização do CCSE, convocando ao longo da semana os estudantes a se somarem no ato e elevar a luta pela defesa da UEPA.

A UEPA passa uma situação caótica: estrutura física sucateada, banheiros estragados, paredes de salas de aula com azulejos caindo e precisando de pinturas. Recentemente estudantes denunciaram encontrar carrapatos na comida do R.U. (que é privatizado). E um dos maiores problemas tem sido a falta de professores, pois desde 2012 não é aberto um concurso público para a universidade, chegando a 400 vagas ociosas (considerando todos os campi da capital e interior). Só no curso de pedagogia, maior da isntituição, são 44 professores em falta, acarretando em disciplinas que são ofertadas nos inícios de semestres, porém não são cursadas pois não há professor, atrasando a formação dos alunos, constantemente a necessidade de substituir aulas presenciais por aulas a distância.

O ato se iniciou no CCSE com os estudantes se concentraram a partir das 09:30 em frente a reitoria. Antes do início, a burocracia e segurança buscaram inibir e intimidar o ato, “sugerindo” aos estudantes de se dirigirem ao estacionamento para “não fazerem barulho(?)”, tentando controlar a revolta estudantil. Um segurança ficou questionando de forma hostil os estudantes se eram mesmo estudantes que estavam se manifestando.

Sem se intimidar, os estudantes prosseguiram o ato em frente a reitoria, com intervenções e palavras de ordem. Logo se dirigiram ao hall da universidade, realizaram mais intervenções, e passaram puxando palavras de ordem pelos corredores convocando estudantes e professores ainda em salas a tomar parte do ato. Por fim a manifestação se dirigiu a rua, onde por mais de uma hora nos mantivemos firmes fechando o trânsito, e toda vez que o sinal fechava falas explicando a população ali na rua os motivos do eram feitas, contando com o apoio dos trabalhadores. Ao fim, os estudantes retornaman a universidade, e em frente ao R.U. fizeram falas e denunciaram também a situação da comida, encerrando assim o combativo ato.

A ExPaEPe saúda a mobilização dos estudantes da UEPA, a combatividade, e apontamos: persistir no caminho da luta combativa, se somar a crescente de protestos estudantis contra a destruição do ensino público, contra o Novo Ensino Médio e a BNC-FP e desde já preparar para desencadear uma vigorosa onda de greves de ocupação!